Algumas pessoas cantam pra você,
outras tornam todos os momentos em música.
"Viagens tão óbvias
Loucuras tão sóbrias
De um iniciante"
Eterno inicio.
sábado, 31 de outubro de 2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Eu passo
faço que não vejo
não olho e
quer saber?
eu não ligo mesmo!
eu não ligo mesmo
eu não ligo mesmo
tá tudo do avesso
tá tudo escovado
escuro-claro-cinza um grafite quebrado
Frio e o nexo perdeu-se sem graça.
na ponte da graça
não se sabe o que tem lá
atrás da fumaça
se perde, audaz.
perverso.
alado ao lado
em coma
como o teu que não vê.
quer saber?
eu não ligo mesmo
disfarço, inchaço, cansaço.
disfarço, sumo
tomo meu rumo.
faço que não vejo
não olho e
quer saber?
eu não ligo mesmo!
eu não ligo mesmo
eu não ligo mesmo
tá tudo do avesso
tá tudo escovado
escuro-claro-cinza um grafite quebrado
Frio e o nexo perdeu-se sem graça.
na ponte da graça
não se sabe o que tem lá
atrás da fumaça
se perde, audaz.
perverso.
alado ao lado
em coma
como o teu que não vê.
quer saber?
eu não ligo mesmo
disfarço, inchaço, cansaço.
disfarço, sumo
tomo meu rumo.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Amarelou?
Amarelou, gelou, tremeu, embranqueceu, nem pode respirar, cagou no maiô, simplesmente o medo tomou conta!
Em quantas situações cotidianas amarelamos?
Foi o caso deste jovem rapaz, diga-se de passagem, um rapaz "vistoso", muito bem privilegiado de sua beleza fisica e até interior, pena não saber manipulá-la.
Certo dia, agitadíssimo, deu por si: há muitos dias vinha sentindo um imenso desconforto, um estranhamento consigo: não conseguia manter uma comunicação com os amigos, na faculdade mal conseguia se concentrar nas aulas, com a família já não suportava qualquer conversa.
Resolveu, então, procurar ajuda, foi ao médico: clínico geral.
Durante a consulta, mal se expressava, seus olhos denotavam apavoro, sua boca tremia, seca, fugiam-lhe as palavras, seu olhos corriam lágrimas, era um ser triste, frustrado, e nem ele mesmo sabia o porque.
"Amarelei com minha vida"
Foi o que conseguiu grunhir.
"Crise Existencial"
Disse o médico.
"Te encaminharei a um Psiquiatra, você vai lá, conversa, ele pode te ajudar."
De susto, o jovem rapaz arregalou os olhos, tomou a receita e o encaminhamento médico em suas mãos e confusamente saiu do consultório, esbarrando na porta, tropeçando em vão. Estava átono. Sem palavras. Sem ação. Sem idéias, sempre que lembrava das palavras do médico, a vontade que sentia era de rir, rir, rir muito de si mesmo, rir muito e freneticamente de sua própria covardia, de suas crises, de sua falta de vontade.
Decidiu que não iria ao psiquiatra, mais um vez teve medo, ir até um psiquiatra significava estar aceitando o seu próprio fracasso, a sua derrota. Pedir ajuda, ao seu ver, era mais uma vez amarelar, e isso ele não admitiria jamais, e agora ele estaria amarelando com um diagnóstico médico, oras!
"Vou levando..."
Depois deste episódio, após muitas risadas sem sentido, junto de seus "amigos", continuou em sua mediocre vida, procastinando tarefas, adiando compromissos, deixando de lado desafios, até que um dia, ao perceber, havia gastado tempo e desperdiçado muito das coisas que já havia conquistado.
Terminou um namoro sem motivo aparente, desistiu de seu curso na faculdade, passou a trabalhar em um emprego onde poderia se sentir superior por ter companheiros com um nivel escolar mais baixo, mas sem nenhum ganho com isso.
Agora, este jovem, de tanto "amarelar" na vida, busca recuperar o tempo perdido, decide por fim procurar o que realmente lhe interessa, procura seus velhos sonhos, espera que não eja tarde demais, teme ainda, mas acredita que seu processo de amadurecimento foi o que fez com que fizesse tanta cagada, durante esses seus anos de vida.
Em quantas situações cotidianas amarelamos?
Foi o caso deste jovem rapaz, diga-se de passagem, um rapaz "vistoso", muito bem privilegiado de sua beleza fisica e até interior, pena não saber manipulá-la.
Certo dia, agitadíssimo, deu por si: há muitos dias vinha sentindo um imenso desconforto, um estranhamento consigo: não conseguia manter uma comunicação com os amigos, na faculdade mal conseguia se concentrar nas aulas, com a família já não suportava qualquer conversa.
Resolveu, então, procurar ajuda, foi ao médico: clínico geral.
Durante a consulta, mal se expressava, seus olhos denotavam apavoro, sua boca tremia, seca, fugiam-lhe as palavras, seu olhos corriam lágrimas, era um ser triste, frustrado, e nem ele mesmo sabia o porque.
"Amarelei com minha vida"
Foi o que conseguiu grunhir.
"Crise Existencial"
Disse o médico.
"Te encaminharei a um Psiquiatra, você vai lá, conversa, ele pode te ajudar."
De susto, o jovem rapaz arregalou os olhos, tomou a receita e o encaminhamento médico em suas mãos e confusamente saiu do consultório, esbarrando na porta, tropeçando em vão. Estava átono. Sem palavras. Sem ação. Sem idéias, sempre que lembrava das palavras do médico, a vontade que sentia era de rir, rir, rir muito de si mesmo, rir muito e freneticamente de sua própria covardia, de suas crises, de sua falta de vontade.
Decidiu que não iria ao psiquiatra, mais um vez teve medo, ir até um psiquiatra significava estar aceitando o seu próprio fracasso, a sua derrota. Pedir ajuda, ao seu ver, era mais uma vez amarelar, e isso ele não admitiria jamais, e agora ele estaria amarelando com um diagnóstico médico, oras!
"Vou levando..."
Depois deste episódio, após muitas risadas sem sentido, junto de seus "amigos", continuou em sua mediocre vida, procastinando tarefas, adiando compromissos, deixando de lado desafios, até que um dia, ao perceber, havia gastado tempo e desperdiçado muito das coisas que já havia conquistado.
Terminou um namoro sem motivo aparente, desistiu de seu curso na faculdade, passou a trabalhar em um emprego onde poderia se sentir superior por ter companheiros com um nivel escolar mais baixo, mas sem nenhum ganho com isso.
Agora, este jovem, de tanto "amarelar" na vida, busca recuperar o tempo perdido, decide por fim procurar o que realmente lhe interessa, procura seus velhos sonhos, espera que não eja tarde demais, teme ainda, mas acredita que seu processo de amadurecimento foi o que fez com que fizesse tanta cagada, durante esses seus anos de vida.
Ao querido, com carinho.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
"Como qualquer um pode lhe dizer, não sou um homem muito bom. Não sei que palavra usar para me definir. Sempre admirei o vilão, o fora-da-lei, o filho-da-puta. Não gosto dos garotos bem barbeados com gravatas e bons empregos. Gosto dos homens desesperados, homens com dentes rotos e mentes arruinadas e caminhos perdidos. São os que mais me interessam. Sempre cheios de surpresas e explosões. Também gosto de mulheres vis, cadelas bêbadas que não param de reclamar, que usam meias-calças grandes demais e maquiagens borradas. Estou mais interessado em pervertidos do que em santos. Posso relaxar com os imprestáveis, porque sou um imprestável. Não gosto de leis, morais, religiões, regras. Não gosto de ser moldado pela sociedade. "
Charles Bukowski
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Boa noite, Senhoras e Senhores!
Não se incomodem, permaneçam sentados.
O espetáculo se iniciará em instantes.
não nos responsabilizamos por quedas de lustres, escadas, teto, ou abatimento do piso.
Depois que começamos a viajar na cauda do desconhecido
Não sabemos de onde pode vir a primeira arma devastadora.
Conto:
-um
-dois
-tres
Percebam...
o que vês?
E não era pra ser nada?!
Não se incomodem, permaneçam sentados.
O espetáculo se iniciará em instantes.
não nos responsabilizamos por quedas de lustres, escadas, teto, ou abatimento do piso.
Depois que começamos a viajar na cauda do desconhecido
Não sabemos de onde pode vir a primeira arma devastadora.
Conto:
-um
-dois
-tres
Percebam...
E não era pra ser nada?!
terça-feira, 6 de outubro de 2009
"...Eu me lembro do dia em que você ficou de Bode..."
VejA Só, Doutor!
Aqui estou eu novamente
Das coisas que tenho que fazer não sei
Por que eu tô de bode!
Não, Não foi isso, Não uso drogas, me respeite.
As Drogas andam por ai, vestidas...
Eu nauseio e quero estar dormente.
É um mal estar, uma dor nas entranhas.
A vontade é de permanecer como pó, em algum canto qualquer.
Ou deixar que a água do banho desmanche nosso corpo e leve pelo ralo,
Talvez, como na "Persistencia da Memória",
onde os relógios tomam o aspecto de queijos derretidos.
Derretia-se o corpo, em uma massa viscosa e escorregadia.
Destruia-se o corpo, entre encanamentos sanitários.
Aqui estou eu novamente
Das coisas que tenho que fazer não sei
Por que eu tô de bode!
Não, Não foi isso, Não uso drogas, me respeite.
As Drogas andam por ai, vestidas...
Eu nauseio e quero estar dormente.
É um mal estar, uma dor nas entranhas.
AS tintas da tela...
Tornaram-se cinzas.
A vontade é de permanecer como pó, em algum canto qualquer.
Ou deixar que a água do banho desmanche nosso corpo e leve pelo ralo,
Talvez, como na "Persistencia da Memória",
onde os relógios tomam o aspecto de queijos derretidos.
Derretia-se o corpo, em uma massa viscosa e escorregadia.
Destruia-se o corpo, entre encanamentos sanitários.
domingo, 4 de outubro de 2009
Farto, fado, cheio e excluso.
Como diria Raul:
praia, carro, tobogã, eu acho tudo isso um saco!
Ser sociável, entreter pessoas, passear com cachorro na praça, banco na beira da praia, sorvete, balões, algodão-doce, marmita, onibus, pessoas, casas, brincos, pulseiras, anéis, carros do ano, pose pra impressionar, sorisos falsos, encontros, desencontros, modas, acasos, casos e a merda da puta que pariu!!! E a merda da merda da puta que te pariu!
Farto de semi-deuses.
Cheio de pessoas efemeras.
Farto e cheio de tudo!
Farto e cheio.
Agora entendo bem quando dizia-se:
"estou farto e cheio de ti!"
praia, carro, tobogã, eu acho tudo isso um saco!
Ser sociável, entreter pessoas, passear com cachorro na praça, banco na beira da praia, sorvete, balões, algodão-doce, marmita, onibus, pessoas, casas, brincos, pulseiras, anéis, carros do ano, pose pra impressionar, sorisos falsos, encontros, desencontros, modas, acasos, casos e a merda da puta que pariu!!! E a merda da merda da puta que te pariu!
Farto de semi-deuses.
Cheio de pessoas efemeras.
Farto e cheio de tudo!
Farto e cheio.
Agora entendo bem quando dizia-se:
"estou farto e cheio de ti!"
Velhinha na padaria
Velhinha na padaria
tão mimosa tão branquinha
velhinha e seu camafeu
quem estava mais só,
ela ou eu?
Volto a me perguntar
Será assim?
Gestos vastos e largos
um olhar sutil a observar
Um olhar senil.
Levantou-se, e foi
pra onde e por quê?
fiquei a divagar
estava triste
ela ou eu?
tão mimosa tão branquinha
velhinha e seu camafeu
quem estava mais só,
ela ou eu?
Volto a me perguntar
Será assim?
Gestos vastos e largos
um olhar sutil a observar
Um olhar senil.
Levantou-se, e foi
pra onde e por quê?
fiquei a divagar
estava triste
ela ou eu?
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